segunda-feira, 8 de março de 2010

    Meu interesse por élfico e Tolkien

    Olá mais uma vez, pessoal! (O "pessoal" continua fazendo referência à meia dúzia de pessoas...). Há vários dias, comecei a pensar neste post. É sem dúvida um dos assuntos que mais chamam a minha atenção. Se você gosta de "O Senhor dos Anéis" tanto quanto eu, sabe disso. Se não gosta, azar o seu...

    Bom, no final de 2008, eu tive um trabalho de literatura na escola que consistia em ler um livro qualquer e depois explicar, resumidamente, a história para o restante da turma. Fui pra excelente biblioteca da escola, onde havia uma ampla gama de livros dos mais variados tipos a escolher (na verdade, sempre que procurava um livro em especial, nunca o achava...). E olhando monotonamente livro após livros na estante de contos, aventura e companhia, não acreditei quando li o título "O Senhor dos Anéis" na capa de um deles. A capa impressa tinha o desenho original, criado por Tolkien. Mas eu não poderia saber, porque até então não possuía o mínimo interesse por OSDA (O Senhor dos Anéis, abreviado). "Legal...", eu pensei, "Ah. Mas não deve ter nada há ver com aqueles filmes. Deve ter só o nome igual, por coincidência." Então, abri o livro pra conferir. Na primeira página onde havia conteúdo eu li:

    "Três Anéis para os Reis-Élficos sob este céu,
    Sete para os Senhores-Anões em seus rochosos corredores,
    Nove para Homens Mortais, fadados ao eterno sono,
    Um para o Senhor do Escuro em seu escuro trono
    Na Terra de Mordor onde as Sombras se deitam.
    Um Anel para a todos governar,
    Um Anel para encontrá-los,
    Um Anel para a todos trazer e na escuridão aprisioná-los
    Na Terra de Mordor onde as Sombras se deitam."

    Folheei algumas páginas, até que eu passei o olho em um nome familiar: Frodo! E com uma rápida lida nas primeiras páginas, confirmei: "Wow! É mesmo O Senhor dos Anéis!" (dã...). Não tive outra escolha, a não ser pegar o tal livro. Havia um prazo de 30 dias para lê-lo, antes de apresentar o trabalho. Não houve problema algum: li mais de 600 páginas em 10 dias, o livro todo. Realmente, OSDA me fascinou. Desde então, me interessei por Tolkien e sempre busco mais e mais informação sobre suas obras e os seus mundos.

    Enfim, mesmo este post se tornando absurdamente maior do que eu planejava, uma das coisas que mais me chama a atenção em OSDA é a língua utilizada. Tolkien, como ele mesmo disse, tinha "Um Vício Secreto": o hábito peculiar de inventar idiomas derivados de linguagens primitivas. Um dos meus passatempos, é adquirir conhecimento sobre o élfico, a forma escrita da língua falada pelos Elfos. Eu fico intrigado em saber que esse homem elaborou tantas línguas, cada uma com regras próprias. Eu não sei como escrever aqui a complexidade do assunto. Faz pouco mais de um ano que eu junto informação sobre Tolkien, seus mundos e suas línguas. Mas é uma coisa que você vai entender, se fizer como eu, lendo, pesquisando... Já cheguei a pensar: "Poxa! É mentira... Não tem como alguém inventar tudo isso do nada!" É frustrante... Mas é verdade.

    Segue abaixo conteúdo de um dos sites que eu visito frequentemente... Assim você conhece um pouquinho mais sobre Tolkien...
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    J. R. R. Tolkien (John Ronald Reuel Tolkien, o autor), ainda é um nome pouco conhecido no Brasil, mas em muitos outros países e em especial na Europa, ele é conhecido como sendo o criador da Alta-Fantasia. Seus livros narram histórias sobre terras míticas, povos maravilhosos, grandiosas batalhas, lendas heróicas e mitos perdidos sobre os primórdios do mundo. Tolkien foi um escritor muito detalhista. Tanto, que para ele não bastava escrever uma história... ela deveria EXISTIR!

    Seus mundos inventados tiveram idiomas, geografia, fauna, flora, costumes e outros detalhes tão bem estudados e criados que até mesmo os leitores mais detalhistas não encontraram falhas em sua narrativa.

    As línguas foram criadas por Tolkien para uso em suas histórias. Apesar de, na prática, nenhuma dessas línguas haver existido ou mesmo ser utilizada, elas são funcionais.

    Existem alguns grupos de admiradores de Tolkien pelo mundo que estudam e falam o Alto Élfico, chamado de Quenya. Infelizmente o professor não deixou detalhes sobre o funcionamento de todos os seus idiomas inventados (aliás, o professor não deixou explicações detalhadas sobre o funcionamento de nenhuma das suas várias línguas fictícias) e muito do que se sabe sobre elas é fruto do estudo das entrelinhas de seus livros.

    O que realmente passa pela cabeça de um homem que todos os dias fica brincando com intrincadas regras lingüísticas, com idiomas que nunca existiram fora de sua própria imaginação? Em primeiro lugar, tem que ficar perfeitamente claro: ele fez muitos idiomas que nunca chegaram a ser utilizados em suas histórias. Existem alguns poemas em élfico, e um enxame de palavras exóticas que nunca apareceram em seus livros. A lista de palavras publicadas por Tolkien tem cerca de doze mil itens, e Tolkien nunca criava palavras sem um motivo... Estamos falando de complexas construções linguísticas... Como isso começou? Como terminou? E por que?
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    Eu poderia transcrever, ou mesmo escrever, muito mais coisa aqui... Mas creio que nem todos teriam paciência pra ler tudo (como se alguém estivesse lendo essa minha ridícula síntese...). Se você se interessou pelo o assunto, as respostas para as perguntas acima estão aqui, é só clicar: Como Tolkien criava suas línguas?. Explore o site. Para iniciantes no estudo sobre OSDA e outras obras de Tolkien, acho que é um dos lugares certos.

    Por enquanto é só... E como talvez diriam os elfos: Hantanyel tulesselyanenElen síla lúmenn' omentielvo! (Agradeço por vir. Uma estrela brilha na hora de nosso encontro!)

    3 Comentários:

    Unknown disse...

    Muito legal.
    Nunca me interessei por Senhor dos Anéis.

    Anônimo disse...

    Que legal encontrar uma pessoa que goste assim de Élfico. Acho incrivel o modo com Tolkien criou todo um universo paralelo onde tudo é tão fantastico e apaixonante que daria tudo o que tenho para ter estado presente junto com Frodo e Sam em seu caminho para Mordor. Tenho muita vontade de aprender Quenya ou Sindarin e no final do Terceiro Livro tem um guia de pronuncia e ortografia. Quando eu acabar de ler O Retorno do Rei vou começar a estudar Élfico *-*

    Beijo
    Sofia Kerr

    Anônimo disse...

    Perche non:)