segunda-feira, 31 de outubro de 2011

    Sonho lúcido #13

    Olá, galera! Tive mais um sonho lúcido na noite de sexta para sábado. (Eu sei que esse negócio já deve estar enchendo a paciência de vocês... Qualquer hora faço um blog novo só pra postar meus sonhos. Ou não...) Bom, eu dormi na casa da minha mãe nesse dia. Nem olhei as horas antes de ir me deitar, mas já devia ser tarde. Fiquei surpreso por ter um sonho tão extenso mesmo dormindo pouco... Foi o seguinte:

    Começou num sonho normal, em que eu estava fugindo de alguém, por umas ruas escuras que pareciam um labirinto. De repente percebi que era um sonho e o cenário foi ficando mais escuro ainda, como se eu estivesse acordando. Mas eu estou aprimorando um meio de continuar o sonho, hehe.

    Girar é uma maneira de fazer o cenário "clarear" de novo. Dá certo com muita gente. Então mesmo depois de tudo ficar completamente escuro, eu me esforço pra manter a consciência - e não me mexer! - e imagino que estou girando, mesmo não vendo nada (ou nem sabendo se já estou acordado...). No caso, fazendo isso, comecei a ver árvores aparecendo e, alguns segundos depois, percebi que estava no quintal da casa da minha mãe. :)

    Mas ainda estava escuro, como se fosse noite. Me esforcei pra clarear o cenário, mas tudo apagou de novo. Usei novamente o truque de imaginar que estava girando e continuei o sonho (me lembro que fiz isso mais uma vez durante o sonho, mas não sei quando. Tenho certeza de que esqueci uma parte dele...). Aí as coisas foram ficando mais nítidas, como se fosse dia. Eu fui seguindo pela mesma estrada do sonho anterior, e decidi que iria tentar chegar até a pista de asfalto no fim dela, que fica a uns 2 Km de distância na vida real...

    Fui andando e cheguei até a casa do vizinho (que, só pra constar, fica a mais de 100 m da casa do meu pai... o_O). Lá, tinha um carro grande, como um EcoSport, e minha mãe estava dentro. Eu me virei para um lado e desejei que ela sumisse Muahuahua! e no lugar dela aparecesse minha esposa... *--* Quando cheguei perto do carro, lá estava ela, como havia desejado. Estou começando a pegar o jeito de invocar as pessoas nos sonhos, hehe...

    Continuei a andar e em questão de segundos já estava quase chegando no asfalto. É interessante como nos locomovemos tão rápido nos sonhos... Mas o lugar estava diferente do que é na realidade. Era como se fosse um posto de gasolina no estilo de filmes americanos, com uma lanchonete - ou restaurante - do lado, outras casinhas e um galpão grande.

    Bom, há alguns dias eu disse para a @LittleSammy_ (que também parece ter sonhos lúcidos às vezes), que eu tentaria invocar ela num sonho. Ela até zoou, dizendo pra encontrar uma amiga dela também, a Larissa, que eu nem conheço. Ela até descreveu a garota... :P Então, desejei que a @LittleSammy_ estivesse na lanchonete e cheguei perto, ouvindo um garoto gritar "Samy!".

    Quando cheguei na porta, ela veio até mim, puxando pelo braço uma outra menina e dizendo "John, essa aqui é a Larissa". o_O Estava meio diferente da descrição que ela me deu, mas mesmo assim eu fiquei assustado com a cena que meu subconsciente montou, hehe. Depois continuei andando e desejei de novo que Bia (minha esposa) aparecesse. Novamente deu certo! Depois disso, eu tenho certeza que esqueci de uma parte do sonho.

    Só me lembro de estar lúcido ainda e tentar encontrar Bia mais uma vez. Fazer o que, né? É a saudade... Huahua! Desejei que ela estivesse por trás de uma casinha que vi e fui até lá, mas não havia ninguém. Atrás da casa tinha uma trilha no chão e segui por ela, subindo um morro. Começou a aparecer neblina.

    Do nada eu vi um Velociraptor saindo da névoa e me atacando. Quando ele pulou pra cima de mim, eu me joguei no chão (eu acho) e ele caiu. Quando ele ia tentar me morder, eu comecei a dar uns golpes nele, no estilo do Jackie Chan. Acho que ele morreu... Quando me virei de novo, pra voltar para a trilha, um TIRANOSSAURO vinha correndo, mostrando os dentes... 


    Saí da trilha, correndo desesperadamente por uma plantação de café. Até que dei um salto enorme em direção ao tal posto de gasolina, que sabia que ainda estava ali. Enquanto estava no ar, eu vi um Pterodáctilo passando "rasgando" por mim... o_O Me senti numa continuação de Jurassic Park. Kkk.

    Depois disso aconteceu uma coisa interessante: eu tive um falso despertar. Tipo, eu estava sonhando que tinha acordado. Estava sentado no colchão, ao lado de Bia, e achando que o sonho tinha acabado. O quarto estava escuro e exatamente como ele é de verdade. Só percebi que era um sonho quando me deitei de lado e em seguida abri os olhos: o quarto estava claro (porque já havia amanhecido) e eu estava de barriga pra baixo... Deu pra entender, não deu?... :)

    Ah, sim! Na noite de sábado pra domingo também tive um sonho lúcido, só que muito curto.  Por isso, nem contabilizei... :P Estava correndo por um campo de obstáculos e percebi que era um sonho. Então saí voando e acordei logo em seguida. Até tentei voltar a sonhar, mas não consegui...

    sexta-feira, 28 de outubro de 2011

    A garota que não tinha sonhos

    Era uma vez... Sim. “Era uma vez”. É meio clichê, mas é isso mesmo. Bom, era uma vez uma garota que não sonhava. Nunca na vida tivera um sonho sequer. Ter um sonho era, literalmente, seu maior sonho...

    Sempre dormia cedo, na esperança de conseguir sonhar, mas não adiantava. Ficava apenas imaginando como seria legal ter um sonho algum dia. Estar dormindo e, ao mesmo tempo, ter as mais diversas sensações.

    Essa garota vivia num lugar onde coisas que para nós são impossíveis, eram normais. Ela voltava para casa todos os dias voando. Não, ela não viajava de avião. Simplesmente voava. Abria os braços e flutuava até sua casa.

    Ela podia também correr mais rápido do que qualquer pessoa, levantando as folhas no caminho. Ela podia andar pelas paredes. Podia respirar debaixo d’água. Podia fazer flores brotarem pelo campo. Se quisesse, ela podia se dissolver em milhões de pontos coloridos e se condensar de novo na forma de um pássaro. Ou de uma chinchila. Ou o que quisesse.

    E ficava pensando no que daria pra se fazer num sonho. Como seria maravilhoso estar entre o mundo real e um mundo onírico, inexistente. Em como seria acordar e ver que tudo o que passou não aconteceu. Que tudo foi fruto da sua (in?)consciência.

    Sonhar era seu maior sonho.

    E aí um dia, quando menos esperava, ela acordou.

    segunda-feira, 24 de outubro de 2011

    Sonho lúcido #12

    Na noite de sábado para domingo tive mais um sonho lúcido. Me lembro do sonho ter começado comigo lavando a louça na casa da minha mãe. Percebi que era um sonho e larguei na hora a esponja e o prato que estava segurando. Pude ver que estava claro do lado de fora da casa e fui pra varanda.

    Realmente era um dia de sol e tudo estava bem nítido, o que não é muito comum nos meus sonhos. Andei pela varanda, pulei o murinho dela e as coisas foram escurecendo. Comecei a esfregar as mãos e girar, mas não funcionou e acordei. Permaneci imóvel e com os olhos fechados, continuando a imaginar que estava lá na varanda, girando e esfregando as mãos.

    Aos poucos perdi a sensibilidade do meu corpo, não sentindo mais a cama debaixo de mim, e já estava de novo no sonho. No mesmo lugar de antes. Consegui com sucesso voltar ao sonho. \o/ Fui andando pela estrada de chão, que fica perto da casa. Dava pra ver perfeitamente a textura do barranco e as sombras das moitas na beira da estrada.


    Enquanto ia andando, minha irmã vinha atrás de mim, me seguindo. Sinceramente, eu estava com medo daquilo. Ela parecia um zumbi, pronto pra me atacar... Eu me virei e mandei ela ir pra casa algumas vezes. Até que falei gritando, desejando que ela fosse embora. E foi.

    Eu tentei voar, mas não consegui sair do chão. Então continuei andando, desejando encontrar pessoas, depois de cada curva que ia fazer. Não encontrei ninguém e resolvi voltar para casa. Dei meia volta e comecei a flutuar do nada, contra a minha vontade. Achei que ia acordar, mas mantive a calma e desejei ir descendo devagar. Deu certo e voltei pro chão.

    Então uma multidão de pessoas vinha pela estrada, na minha direção. Nessa parte eu acho que já não estava tão lúcido. Me lembro que comecei a separar as pessoas, mandando algumas irem embora e outras ficarem. Só que acho que eu estava, meio que, no "automático". Não tinha razão pra mim fazer aquilo. Não me lembro de mais nada.

    O ponto interessante deste sonho foi que consegui voltar a sonhar, depois de ter acordado. Não é difícil eu entrar um sonho dessa forma, desde que eu não me mova, quando percebo que acordei...

    sexta-feira, 21 de outubro de 2011

    Hoje é dia de #FollowFriday!

    Bom, é de costume muita gente fazer o conhecido #FollowFriday no Twitter, nas sextas-feiras, indicando alguns amigos para o restante de seus followers. Eu quase sempre me esqueço de indicar os meus amigos, mas hoje vou tirar o atraso e preparei um post especial. ^^

    Se você não estiver na lista, não significa que eu não goste de você. Apenas não o tenho adicionado no Twitter ou não temos o costume de bater papo por tal rede social. Pra quem quiser me seguir, meu perfil é o @Jo_Ohn_. E vamos ao #FollowFriday Especial!

    Pôneis malditos, pôneis malditos, lalalalala...
    Ela já não me enche mais o saco como enchia antes... Não sei se é porque está estudando mais, ou se é porque fica o tempo todo no telefone com a @IsisCR... Mas é uma pessoa muito legal. ^^

    Músico Baterista
    Esse cara estudou comigo no Ensino Médio. Era um dos únicos da sala que curtia meus vídeos do Stick e lia My Story. Foi embora do nada pra tocar bateria pelo Brasil à fora... =/ Boa sorte na vida, irmãozinho!

    Sistemático, louco, intransigente, muito gente boa, companheiro, amigo! Botafoguense!
    É o primeiro e único cara que conheci que trabalha num cemitério! o_O' O pior é que diz gostar do que faz... Tem um bom senso de humor. Um cara que vale a pena seguir!

    Dabliu dabliu dabliu ponto tuito ponto com barra vindemiatrix sem as vogal!
    Esse cara é simplesmente phoda e vai ser o Tolkien dessa geração... Huahua. Escreve bem e tem um HD de 928.350.615 Terabytes na cabeça. Ah, já falei que ele é um Elfo?

    Adoro o jeito que ela faz eu me sentir, como se tudo fosse possível, como... sei lá!
    Como se a vida valesse a pena.
    Acho que foi o primeiro Otaku que conheci. É mineiro, bem humorado, e muito gente boa! Ainda vou pra Betim vestido de Super Mario me encontrar com ele em algum evento cosplayer...

    Campo de Desconcentração ☭
    Sarcástico ao extremo, consegue pensar em indiretas épicas mais rápido que eu... u_u Faz tempo que não bato um papo com ele, mas tá valendo a indicação!

    Ainda me sinto um idiota achando que ela era ele. ¬¬ Sério. O avatar dela, com uma personagem de anime, estava reduzido e achei fosse um garoto... Sorry! Ah, sigam ela também. É uma ótima pessoa. :)

    Eu não sou tudo que você precisa, ainda não sou tudo aquilo que eu queria ser.
    Ela toca violão super bem. Inclusive cria suas próprias músicas! Como a maioria das pessoas que eu sigo, é bem humorada e tem uns papos bem sem noção com a @LittleSammy_...

    *Otaku*Baka*Kawaii*Shinigami*Vampira*Zumbi*Pirata*Maga*Alquimista*Neko*Chibi*
    *Vocaloid*Rock*DeathNote*Ragnarok*Animes*Eventos*Mangás*Haruhista*RAWR*
    Não dá nem pra ter dúvidas de que ela gosta de anime depois de ler a descrição do perfil... Huahua. Ela é bem legal e eu fico enchendo o saco dela perguntando sobre os eventos cosplayer que vão ter em Vitória...

    Carregando........
    Eu ainda não entendi o porque da sua aparente obsessão por porquinhos... Ela é bem atenciosa, direta e parece falar o quer, sem hesitar. Ah, sigam apenas se tiverem mais de 18 anos... o_O'

    Tatuador/Artista Plastico/Devorador de livros e blogs/Geminiano/Furious Tattooed man
    Esse aí faz uns desenhos muito phodapakaráio! Não importa se usa lápis, caneta, giz de cera ou aquarela... xD Os desenhos são muito bem detalhados e parecem ilustrar momentos da vida dele. Enfim, sigam!

    As notas e as palavras estão sempre soltas, no ar. Guitarrista da @band_zesk8, escritor, compositor e músico. Marechal Floriano - ES.
    O carinha faz parte duma banda que volta e meia vejo tocando em eventos por aqui. Tem bom humor e vive dando indireta no Twitter. ^^

    Site de desenvolvimento e testes no Android, para ajudar a todos os usuários a utilizar o máximo do seu aparelho.
    Se você tem um celular com Android, não pode deixar de seguir esse cara. É atencioso e sempre tenta ajudar os leitores do blog dele. Quase tudo que sei sobre o meu celular, eu aprendi lá. ^^ Sem falar que tem promoção todo mês. Inclusive já ganhei uma delas! \o/

    quarta-feira, 19 de outubro de 2011

    Chapeuzinho Vermelho Win!

    Agora imagine um conto inteiro nesse estilo! *--*

    segunda-feira, 17 de outubro de 2011

    Combo! Sonhos lúcidos #09, #10 e #11

    Isso mesmo. Vou descrever três sonhos lúcidos diferentes que tive neste fim de semana. Na verdade, eu tive quatro, mas não me lembro de um deles... Bom, o primeiro foi na noite de sexta para sábado, onde eu fui dormir duas horas mais cedo do que o costume, pois estava caindo de cansado.

    Não sei se houve algo antes disso, mas quando fiquei lúcido estava no quintal da antiga casa da minha avó (lugar comum nos meus sonhos). Olhei para as minhas mãos e vi que eu só tinha quatro dedos em cada. Estavam pequenos, grossos e meio quadrados... Achei engraçado e abri e fechei as mãos algumas vezes, antes de ir em direção a casa. Desejei que houvesse pessoas lá dentro.

    Quando me aproximei da porta, vi que ela não tinha maçaneta. Mesmo assim consegui abri-la, girando a chave. Realmente haviam algumas pessoas dentro, mas estava escuro. O lugar parecia um galpão velho. O cenário foi escurecendo, enquanto uma mulher dizia algumas coisas que eu não conseguia entender. Então eu acordei, satisfeito por depois de quase um mês conseguir ter um sonho lúcido de novo.

    Na mesma noite, tive mais um sonho lúcido. Me lembro de estar na Rua de Lazer da cidade, quando olhei pras minhas mãos e vi que estavam do mesmo jeito que no sonho anterior. Era noite e eu fui andando pela rua. Desejei que o céu e o ambiente ficassem mais claros e as luzes de uma parte da rua se acenderam. Não foi bem o que eu esperava, mas acho que deu certo, hehe...


    Continuei andando até que vi um grupo de pessoas se olhando em um espelho grande, que estava na calçada. Não pensei duas vezes e corri pra frente dele também. Sempre tive curiosidade em me olhar num espelho durante um sonho. O que aparece nele é sempre imprevisível, pelo que dizem outros onironautas...

    Eu não via o reflexo das outras pessoas que estavam perto de mim. E no meu reflexo, eu estava sem nariz, tipo o Voldemort... Minhas roupas também estava diferentes. Eu sei que estava de camisa de manga curta, mas no reflexo, usava uma blusa comprida com estampa xadrez. A partir daí não me lembro mais de nada.

    E eu posso jurar que tive mais um sonho lúcido depois desse. Mas não me lembro de nada. Apenas da lembrança de ter tido ele. Posso estar enganado também. Que seja, dois sonhos na mesma noite já está bom... :)

    O terceiro sonho válido foi nesta noite, virada de domingo para segunda. Começou comigo na vila de Melgaço, um lugar distante uns 35 Km de onde moro. Estava de noite e eu fui andando pela rua, feliz por ter mais um sonho. Dessa vez estava difícil me manter sonhando. Me foquei um pouco no sonho até que as coisas pareceram ficar mais estáveis. Pensei em voar, mas mudei de ideia, já que estava escuro. Não seria tão legal como num outro sonho, onde as coisas estavam completamente nítidas e cheias de vida. *--*

    Tinha alguns carros passando na rua e eu fiz uma coisa que sempre quis fazer na vida real. Tipo, eu sempre faço piada com um amigo meu, quando tem carros na rua atrapalhando nossa passagem. Finjo dar um chute no carro e a gente se poca de rir, imaginando ele saindo capotando ou parando no alto de um prédio... :P

    Aí eu dei uma bicuda na lateral de um carro e ele decolou, caindo a uns trinta metros de distância, rolando! Foi demais. Tentei fazer mais um vez, mas errei o chute. =/ Aí eu fiz uma coisa cruel: agarrei um cara pelo braço e arremessei ele pra longe. Ele bateu em um poste, a uns dez metros de distância e ricocheteou pra parede duma mercearia. Foi tipo quando você faz o macete de "super soco" no GTA San Andreas...

    Eu estava muito criativo nesse sonho, huahua. Desejei que um meteoro caísse na rua. E caiu, abrindo uma cratera no asfalto! o_O' Achei legal e desejei mais. Várias pedras começaram a cair, pegando fogo. Estava no meio de um armagedom... Eu olhava pra cima e ia tentando desviar dos meteoritos. Um deles quase acertou meu pé. Até achei que ia acordar, no meio daquele caos.


    Fui pra baixo da sacada da mercearia e quando olhei pra rua de novo, já estava caindo uma chuva normal. Como no sonho da sexta-feira, desejei que as coisas ficassem mais claras, já que era noite também, e que a chuva parasse. E deu certo. A chuva parou e o céu ficou claro, com direito a um sol idiota (que parecia de desenho animado... ¬¬) aparecendo por trás das montanhas... Kkk. Andei mais um pouco pelo cenário, dobrei a esquina e fui acordando.

    É isso. O interessante dessa sequência de sonhos lúcidos foi que eu consegui controlar o cenário. As coisas não foram acontecendo perfeitamente da maneira que eu imaginava, mas até que foi legal... Ah, e quando acordei do sonho em que chovia, caía um temporal forte aqui na cidade, fazendo muito barulho no quintal. Dizem que fatores externos, como luz e som, influenciam no que acontece durante o sonho. ^^

    quinta-feira, 13 de outubro de 2011

    "My Story" - Elyn (Parte 2)

    Desde que conheceu Kay, Elyn já havia desejado inúmeras vezes que esse encontro jamais tivesse acontecido. Porém sempre se arrependia quando pensava isso, já que então o garoto estaria morto e ela nunca saberia toda a verdade por trás de seu passado obscuro...

    Até aquele momento, Elyn não sabia o motivo pelo qual possuía aquela habilidade. Por mais de mil anos, nem se quer uma ruga aparecera na pálida e bela face da garota. Ela ainda não sabia se sua imortalidade era dom ou uma maldição.

    Desde o dia em que tocou Kay, ela soube que o mundo já foi diferente, habitado por seres - humanos ou não - muito poderosos. Eles batalhavam incansavelmente entre si, dia e noite, desde a criação do Primeiro Mundo. Foi assim até que um desses seres, um dos imperadores imortais, desrespeitou as leis do Criador e corrompeu a harmonia existente. Ele desejou ter o mundo só pra ele, nem que isso custasse sua imortalidade.

    O Criador então se apresentou fisicamente na Terra, destruindo não apenas o ímpio imperador e seu exército, mas também quase tudo o que existia. Na verdade, nem mesmo o Criador tinha poder para varrer da face da Terra os imperadores imortais e sua elite. O que fez foi aprisionar suas almas em cristais.

    O mundo foi recriado e se desenvolveria perante as leis dos homens, que não possuíam mais o direto à imortalidade. Os cristais foram depositados nos lugares mais inóspitos do planeta, à fim de não serem encontrados.

    O rumo que essa nova história tomaria estava nas mãos de todos, mas a linha do destino ainda pertencia ao Criador, que por algum motivo manteve viva uma das fiéis servas de um dos imperadores, fazendo dela a única pessoa a portar o dom da imortalidade presente no Segundo Mundo. Essa serva era Elyn.

    Tudo isso era repassado na mente da garota, que não parava um segundo sequer para descansar da corrida. Quanto mais perto do coração da montanha, maior era a dificuldade em continuar a caminhada. Mesmo usando uma bandagem de flores com poder de cura, a ferida na perna doía incessantemente. E isso diminuía consideravelmente sua velocidade.

    Além disso, quanto mais entrava no coração da montanha, menor era a quantidade de oxigênio no ar. A atmosfera ficava cada vez mais pesada e hostil. "Se Kay não fosse tão impulsivo, nada disso estaria acontecendo", pensava Elyn. "Ainda estaríamos em Therion, relembrando o dia em que nos encontramos pela primeira vez, doze anos atrás".

    Os túneis arenosos começaram a dar lugar a uma terra úmida. Já deveria estar bem fundo agora. A garota correu por mais alguns minutos e o túnel apertado deu lugar a uma enorme cavidade no subsolo, como um salão arredondado, mas com paredes de rocha. No teto do hall haviam incontáveis estalactites, enquanto o chão era estranhamente plano e bem sólido. Elyn só conseguia enxergar tudo isso graças a estranhos cogumelos fluorescentes que infestavam o lugar, dando um tom azulado e monocromático à caverna.

    Ela nunca havia contemplado um cenário como aquele. Desde que havia saído em perseguição pelo Deserto de Salugörn, este foi o único momento em que se sentiu relaxada. O silêncio foi quebrado por um ecoante grito de dor, vindo do outro lado do hall. Elyn despertou de seu transe de tranquilidade e, se deslocando mais a frente, pôde ver que havia uma outra passagem na parede, do lado oposto pelo qual havia entrado.

    Se apressou por entre o túnel, enquanto ouvia gritos mais baixos e tilintar de metal, vindo de algum lugar próximo. Podia ver à frente mais uma abertura com luz azulada, dando para o que parecia ser outro salão, aberto nas entranhas da terra. O ecoar, do que parecia ser uma ferrenha luta de espadas, ficava mais alto à medida em que seguia o som, passando por mais túneis e mais salões.

    O coração de Elyn batia cada vez mais rápido, até que chegou ao fim de mais uma passagem e pôde ver o golpe final da batalha, que acontecia em um hall diferente dos outros. Nas paredes haviam sulcos e marcas negras de fogo e o chão estava repleto de pedras, que pareciam ter caído do teto durante a luta. Kay estava de joelhos encima de um grande bloco de pedra, com a própria espada atravessada no peito. Ainda estava vivo, embora seus olhos já não demonstrassem mais isso.

    Há alguns metros dele estava o inimigo, de pé, com um meio sorriso no rosto e um olhar indescritível. Ele se aproximou e empurrou o ombro de Kay com o pé, fazendo o garoto tombar para a direita. Elyn vira aquilo com um aperto muito grande no peito. Não podia acreditar no que estava acontecendo.

    O homem, ainda voltado para Kay, notou a presença da garota e a fitou pelo canto do olho, sem demonstrar sentimento algum.

    Agradecimentos especiais a Vindemiatrix, que me apoia e me inspira!

    sexta-feira, 7 de outubro de 2011

    "My Story" - Elyn (Parte 1)

    Elyn já não sabia mais o que estava fazendo. Suas ações já estavam tomadas por seus próprios sentimentos. Nem mesmo as inúmeras bifurcações dentro da montanha, onde centenas de guerreiros entraram e nunca saíram, podiam conter sua determinação em cumprir seu objetivo. De maneira alguma ela iria deixar que seu melhor amigo morresse. Não daquela forma, depois de tudo o que já haviam passado juntos.

    O brilho dos seus olhos só não era maior que a luz azulada da sua lança. Luz essa que rasgava as trevas e queimava os olhos frágeis das criaturas malignas que ali viviam. Tudo o que ouvia eram seus próprios passos, rápidos e ritmados, e o grunhido de animais estranhos.

    Os segundos pareciam eternidades. A sensação de já ter passado pelo mesmo túnel várias vezes era inevitável. E conseguir enxergar apenas num raio de cinco metros tornava a situação ainda mais sufocante.

    A garota, ainda correndo, pôde ver dois pequenos pontos brilhantes a alguns metros além do seu campo de visão.

    - Droga!

    Ela então pára e observa os dois pontos, imóveis no escuro. Mais dois pontos, ainda menores, aparecem do lado esquerdo dos primeiros. E mais dois surgem do lado direito. O silêncio foi quebrado por latidos furiosos ecoando por toda a caverna. Os três pares de olhos foram se aproximando de maneira irregular, revelando também faces furiosas, à medida em que chegavam mais perto da luz.

    A mesma pedra azul, que brilhava no amuleto de Kay, há mais de uma década, continuava a brilhar de maneira intensa, mas agora na haste da lança de Elyn. A garota afastou os pés , girou sua arma e num corte frio atingiu um dos lobos com um golpe mortal, enquanto se esgueirava entre os outros dois. Rapidamente os animais se voltaram contra Elyn e correram em passos fortes para uma segunda investida.

    A lança deu outro giro, ferindo mais um lobo, enquanto o outro era intimidado por uma rasteira. Em poucos segundos, apenas um dos cães negros ainda estava em condições de lutar. Ele se levantou, sacudindo o pó claro do seu pêlo, e avançou pela terceira vez, deixando um rastro de saliva no chão.

    A garota se preparava para dar mais um golpe, quando foi surpreendida pela trajetória do animal, que desviou no ultimo instante, levantando poeira. Não havia mais tempo para completar o corte, nem para se defender, e Elyn foi ferida por uma mordida incompleta. Os dentes afiados fizeram rasgos profundos na sua perna. Ela caiu e se afastou como pode, rastejando.

    O lobo que havia sido ferido, e que nada mais podia fazer, uivava a alguns metros, esperando seu companheiro terminar o trabalho. O animal partiu para a quarta investida, com um brilho claro, porém de raiva, nos olhos atrofiados. Elyn apenas sorriu e o viu tombar, com os pés enroscados num tipo de raiz seca.

    O brilho azulado, que tomava conta do lugar, se misturava em um tom de verde, emanado por outra pedra. Raízes brotavam do chão e das paredes, enquanto o lobo se debatia, à medida em que era imobilizado pelas plantas. O outro lobo, inquieto, fugiu mancando. Então a batalha estava terminada, com perdas para ambos os lados. Mas a vitória era de Elyn.

    Ainda com as duas pedras brilhando, a garota tocou o solo. Grama começou a crescer numa pequena área e, junto com ela, algumas plantas iam surgindo, florescendo em questão de segundos. Elyn pegou algumas das flores, as amassou e colocou sobre sua ferida, amarrando-as em seguida com um pedaço de pano branco, rasgado da sua própria roupa.

    Não havia mais tempo a perder. Ela se levantou, olhou com desprezo para o lobo, ainda vivo entre as raízes, e voltou a correr o mais rápido que pode, mesmo sentindo muita dor. Uma dor não tão forte quanto imaginar que já poderia ser tarde demais...