segunda-feira, 20 de abril de 2009

    "My Story" - Capítulo I

    Depois de todo esse tempo sem postar nada (como se alguém ligasse pra que eu posto aqui!), resolvi criar uma estória...
    Eu comecei a escrever e ainda não tenho nem noção do contexto dela, ou seja, eu invento ela na hora em que estiver digitando...
    Não tenho certeza do nome que eu coloco no personagem pricipal...
    Não sei quem serão os outros personagens...
    Não sei onde se passa a aventura dele... (talvez, num mundo imaginário criado por mim...)
    Bom, nem o título eu inventei ainda, como dá pra ver... Mas espero que você leia (embora provavelmente não goste...) e espere pelo Capítulo II (embora eu não saiba nem quantos capítulos vai ter e o que eles vão falar...) que só deve ser postado daqui umas duas ou três semanas (ou mais ;-p )... blz?
    Mas chega de papo-furado, tá aí:

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    MY STORY - CAPÍTULO I

    "-... tome... isso agora é seu...... Nas sombras de Ornëg... cinco pedras... um segredo que... pod......... e... ............"

    As últimas palavras de seu pai ainda ecoavam na mente dele... se lembrava claramente das pernas separadas do corpo, ainda se contraindo involuntariamente, enquanto as braços, machucados e cheios de sangue, lhe entregavam aquela coisa... a coisa que custou a morte de seu pai. Voltando de seus pensamentos, ele aperta entre os dedos essa tal coisa, um medalhão, para que ele não escape da sua mão suja e ferida. Num salto, por puro reflexo, ele desvia da bola de fogo verde que vinha em sua direção, ela passa sobre sua cabeça e abre uma cratera ao colidir com o solo, bem na sua frente.

    Ele então pára de correr. Olha para trás, por cima do ombro. É possível ver dezenas, ou melhor, centenas de durogs correndo em sua direção, com punhais, espadas, lanças... e "cavalgando" em seus lagartos gigantes revestidos de metal, cuspindo para o alto, labaredas de fogo.

    Ele se vira por completo e observa o chão daquele deserto, manchado com o sangue pegajoso e azulado daqueles lagartos imundos. Mas também vê, dentre as crateras, corpos, e armas, o sangue vermelho de seu povo. Se lembra daqueles que o acompanhavam. Daqueles que o ajudavam.
    Daqueles que o amavam.

    Daqueles que ELE amava...

    Uma fúria toma conta de si. Ele se sente queimando por dentro. Nunca havia se sentido tão forte e capaz enfrentar sozinho aqueles monstros devoradores de carne humana.
    -N'arn glaut durc'queg Depge Ornëg ej sdäreg!!! - gritou aquele que parecia ser o comandante dos durogs, correndo e se aproximando cada vez mais do último sobrevivente da guerra.
    O rapaz não sabe exatamente o que ele disse, mas sabe que se refere à coisa, ao medalhão.

    Ele olha para o objeto, que ocupa metade da sua mão. Nota seu formato circular, e sua cor prateada, porém envelhecida pelo tempo. Há um furo no centro, e cinco semi-círculos em baixo-relevo ao redor desse furo, com os formatos parecidos com luas. Porém, dois desses espaços estão preenchidos, com uma pedra em cada. A pedra de cor azul possui uma cor pálida, fria. Mas a vermelha, parece estar viva... em chamas...

    O medalhão é pendurado em seu pescoço, pela fina corrente, também de prata escurecida.

    O poderoso durog que conduzia seu exército, viu o gesto do rapaz e a nova expressão que surgia em sua face. Desesperado, deu a ordem:
    -Raaaaaaaag!!! Näärg! Raaaaaaag!!!No mesmo instante, todos os seus subordinados pararam, e como se não possuissem mais poder algum, deram meia volta. Em pânico, corriam o mais depressa que podiam para tentar escapar de seu infeliz destino...
    -Në Son ag Ornëg isg Livëëg'n... - foi a última conclusão e lamento do mais forte dos répteis que já habitaram o deserto de Salugörn...

    Lágrimas saíam dos olhos do Filho de Hesppar. Eram lágrimas de ódio. De rancor. Porém, eram lágrimas de uma certa alegria, uma excitação. Pois agora, sentia que tudo ia acabar. A coisa, pesava em seu pescoço...

    Vingança...

    Suas lágrimas secavam no mesmo momento em que escorriam pelo seu rosto. O calor emanado pela pedra vermelha, era sufocante. Ele sentia seu coração ser tomado por um sentimento que não era seu...

    Ergueu a sua mão. Sentiu o poder da pedra fluir em cada célula do seu corpo.

    Uma intensa luz não o deixava ver mais nada. Apenas ouvia os gritos distantes dos durogs e um som, como quando uma fogueira tem suas chamas espalhadas pelo vento.

    A luz que ele via, aos poucos se apagava e se tornava escura...

    Agora, só escutava um som constante e agudo que parecia atravessar sua cabeça como a lâmina de uma espada.

    O som diminuiu...... até sumir no vazio...

    A pedra adormecia novamente...

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